Ansiedade Infantil
Dá para acreditar que o número de crianças ansiosas
aumentou 60% em apenas 10 anos no Brasil?
Os dados são alarmantes. Os sintomas passam
despercebidos.
Em geral, pais e
médicos tratam apenas os problemas físicos:
dor de
barriga,
psoríase,
queda de
cabelo,
placas vermelhas
pelo corpo,
vômitos,
dor de cabeça na
parte superior do crânio,
sudorese e tremor
nas extemidades
sem, contudo,
relacioná-los ao transtorno:
preocupar-se demais
com os pais,
ter medo de ficar
doente,
temer que algo ruim
aconteça,
não dormir
sozinho,
evitar ir à festa
de amigos,
ter ciúmes dos
poucos amigos,
sofrer quando os
pais vão trabalhar,
perguntar o tempo
todo sobre um evento,
evitar
conflitos.
De difícil
diagnóstico, "a ansiedade é como uma alergia. Você tem uma reação
desproporcional a algo corriqueiro".
Assim, o papel dos
pais é fundamental, aliado a uma boa dose de paciência e carinho.
O tratamento pode
ser apenas de ordem psicológica (a terapia pode levar de 2 a 4 meses para
mostrar resultados) ou medicamentosa (as criançs apresentam melhora em apenas 15
dias, mas o índice de recaída é de 30% - alto).
Em resumo, os pais
podem ajudar. De que forma?
não subestime a
preocupação (faça-o compartilhar suas emoções e pensamentos),
ouça (diga que ele
pode contar com você quando quiser),
divirta (ofereça
colo),
leve para fora
(exercitar),
mantenha a rotina
(regularidade nos afazeres traz segurança psicológica),
cuide da saúde
(comer direito e dormir bem),
simplifique (evitar
o excesso de atividades),
proteja (limite a
exposição das crianças ao noticiário),
dê o exemplo (tente
tornar sua casa um lugar prazeroso, onde as crianças sintam segurança).
Fique atento ao
comportamento de seu filho.
Ajude-o!
Fonte: Revista Época, Editora Globo, 7 de
fevereiro 2011, nº 664, p.64/70
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