terça-feira, 29 de maio de 2012


Ansiedade Infantil


Dá para acreditar que o número de crianças ansiosas aumentou 60% em apenas 10 anos no Brasil?

Os dados são alarmantes. Os sintomas passam despercebidos.

Em geral, pais e médicos tratam apenas os problemas físicos:

dor de barriga,
psoríase,
queda de cabelo,
placas vermelhas pelo corpo,
vômitos,
dor de cabeça na parte superior do crânio,
sudorese e tremor nas extemidades

sem, contudo, relacioná-los ao transtorno:

preocupar-se demais com os pais,
ter medo de ficar doente,
temer que algo ruim aconteça,
não dormir sozinho,
evitar ir à festa de amigos,
ter ciúmes dos poucos amigos,
sofrer quando os pais vão trabalhar,
perguntar o tempo todo sobre um evento,
evitar conflitos.

De difícil diagnóstico, "a ansiedade é como uma alergia. Você tem uma reação desproporcional a algo corriqueiro".

Assim, o papel dos pais é fundamental, aliado a uma boa dose de paciência e carinho.

O tratamento pode ser apenas de ordem psicológica (a terapia pode levar de 2 a 4 meses para mostrar resultados) ou medicamentosa (as criançs apresentam melhora em apenas 15 dias, mas o índice de recaída é de 30% - alto).

Em resumo, os pais podem ajudar. De que forma?

não subestime a preocupação (faça-o compartilhar suas emoções e pensamentos),
ouça (diga que ele pode contar com você quando quiser),
divirta (ofereça colo),
leve para fora (exercitar),
mantenha a rotina (regularidade nos afazeres traz segurança psicológica),
cuide da saúde (comer direito e dormir bem),
simplifique (evitar o excesso de atividades),
proteja (limite a exposição das crianças ao noticiário),
dê o exemplo (tente tornar sua casa um lugar prazeroso, onde as crianças sintam segurança).

Fique atento ao comportamento de seu filho.

Ajude-o!

Fonte: Revista Época, Editora Globo, 7 de fevereiro 2011, nº 664, p.64/70

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