segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Brasil tem mais de 900 mil alunos com necessidades especiais

O Brasil tem 928 mil alunos com necessidades especiais, segundo dados do Censo Escolar 2010. Nessa contagem entram estudantes com deficiências motoras, mentais, cegueira, baixa visão, surdez, surdocegueira, autismo e outras síndromes. Também são contabilizados os superdotados, pois eles necessitam de mais atenção do professor para expandirem seus potenciais.
Dos 54 milhões de estudantes brasileiros, os alunos com deficiências e superdotação representam 1,7% do total. A unidade da federação em que foi contabilizada maior proporção de alunos com necessidades especiais é o Distrito Federal (3,2%).
A menor presença está no Amazonas, que tem somente 0,85% de alunos com deficiências ou superdotados em seu corpo discente.

As estatísticas do Ministério da Educação (MEC) mostram também que 77% dos alunos brasileiros com necessidades especiais estão na rede pública. Minas Gerais é o estado em que as redes pública e privada estão mais próximas na porcentagem de alunos: são 56% na rede pública e 44% na privada. Em Roraima, a situação é diferente: cerca de 99% dos estudantes com necessidades especiais são atendidos pela rede pública de ensino.

Para especialistas, independentemente da rede, os desafios da Educação para esses alunos são os mesmos: formação e acessibilidade, conforme aponta Augusto Galery, coordenador do Projeto Diversa do Instituto Rodrigo Mendes. “Existe uma gama de questões ligadas à acessibilidade que precisam ser tratadas. Não estou só falando de construir rampas de acesso, mas também de professores que saibam libras, por exemplo.” Novas didáticas, diz ele, são fundamentais: “Ainda temos professores muito apegados a tradição de ensino, em que a aula é centrada no professor”.
A professora e chefe de gabinete da direção-geral do Instituto Benjamin Constant (IBC), Maria da Glória de Souza Almeida, concorda com os desafios apontados, e acrescenta ainda que é necessário ir além de fornecer equipamentos e professores às escolas. “Não adianta ter recursos se não houver uma abertura para a criança deficiente. A Educação tem que ser acolhedora, humanística. Não importa se é uma criança com deficiência ou não”.
Adaptação curricular
Outro ponto importante, de acordo com Galery e Maria da Glória, é a questão curricular das escolas que atendem alunos portadores de necessidades especiais. Os dois concordam que a adaptação curricular deve ser mínima, alterando apenas a metodologia, e não o conteúdo que será ensinado aos alunos.
Para a professora Maria da Glória, os avanços são significativos, mas ainda há muito a ser discutido e melhorado. “Antigamente, tínhamos atalhos. Hoje, temos uma estrada, um caminho a seguir”, diz. “Os professores têm que estar preparados, ter critérios e metas definidas, e conhecer o alunado que têm nas mãos.”
Papel dos pais
A participação da família é essencial para o bom desempenho do aluno da Educação Especial, seja qual for a modalidade de ensino, de acordo com Maria da Glória. “A família tem que estar de mãos dadas com a escola. Se ela ampara, incentiva, o aluno tende a ter sucesso, esteja na escola regular ou especializada”, afirma.
Do total de alunos, 47,7% estudam em escolas regulares, 23,5% estão em escolas especializadas e 4,5% frequentam Educação de Jovens e Adultos (EJA). No Censo 2010, entretanto, faltam informações sobre a modalidade de ensino de 24,3% dos estudantes. Assim, é impossível dizer qual é a modalidade com o maior corpo discente.
Para a professora do IBC, existem experiências positivas nas duas modalidades, e é fundamental que elas passem a trabalhar conjuntamente. “Não existe escola regular versus escola especializada”, diz. “Precisamos estar juntos nessa luta, para suprir as necessidades um do outro. A escola especializada pode ajudar com seu saber acumulado, e a regular, atendendo a todos que precisam”, opina.
Os dados mais recentes sobre o total de crianças com deficiências na população devem ser divulgados com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A contagem mais recente é do Censo 2000, ou seja, há uma defasagem de mais de uma década.

domingo, 30 de outubro de 2011

Ingredientes:
Sempre haveremos de precisar uns dos outros...


DEFICIÊNCIAS,
Mario Quintana (escritor gaúcho nascido em 30/07/1906 e morto em 05/05/1994 .

"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.

"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

"Diabético" é quem não consegue ser doce.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.

E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:

"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.

"A amizade é um amor que nunca morre."

sábado, 29 de outubro de 2011

TOXOPLASMOSE Dra. Claudia Batistella Scaf

Reino DosBichos
DESFAZENDO O MITO....médicos obstetras e pediatras....por favor se informem antes de dar a informação errada aos seus pacientes.....vale a Leitura......

A toxoplasmose é uma zoonose (doença transmitida dos animais aos homens) causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii.

Infelizmente, não faz parte da rotina médica o atendimento de zoonoses, mas para nós, médicos veterinários, é muito comum.

Nós lutamos todos os dias para derrubar o mito de que o gato é grande vilão da toxoplasmose; queremos mostrar à população como realmente acontece a transmissão. Realmente, não se pode negar, o Toxoplasma Gondii é um protozoário que tem seu ciclo de vida em diversos carnívoros, mas somente no felino ele é capaz de completá-lo e infestar o meio ambiente.

Mas há um caminho longo e cheio de barreiras para que uma pessoa adquira a doença diretamente do injustiçado gato.

Em 1º lugar, não são todos os felinos que têm predisposição para fazer a doença, mas somente aqueles que ingerem carne crua ou mal assada ou que são caçadores (baratas, ratos,etc.).

Para que ocorra transmissão para o gato, é necessário que o este coma a carne que contenha os cistos do toxoplasma.
Na maioria, são animais que tem acesso à rua e que estão com seu sistema imune comprometido.

Estima-se que apenas 1%- UM EM CEM! - da população felina albergue o protozoário.

Em 2º lugar, o gato, se estiver contaminado, só elimina o parasito nas fezes durante 15 dias e apenas uma vez em toda a sua vida.
Geralmente esta eliminação ocorre 10 dias após ter se infectado.

Em 3º lugar, para ocorrer a contaminação de pessoas a partir das fezes do gato, é necessário que estas fezes fiquem no ambiente por, NO MÍNIMO, 48 horas, e que depois sejam ingeridas; caso contrário, o ciclo não se completa!

Os gatos possuem o hábito de limpar-se, não deixando restos de fezes na pelagem, e enterram seus excrementos.

Porém, mesmo que não se limpem, já há estudos mostrando que não há viabilidade de infecção caso hajam fezes grudadas no pêlo do animal.

A possibilidade de contaminação do proprietário do gato pelo próprio gato é mínima ou inexistente.

Acariciar um gato e tê-lo como animal de companhia não representa perigo. Mordidas ou arranhões do gato também não transmitem toxoplasmose.

O mais comum é que a doença seja adquirida via ingestão de carnes mal cozidas, e também pela ingestão de verduras e legumes mal lavados e falta de higienização das mãos após o manuseio com terra.

Tendo em vista o supracitado, é por isso que há um alto índice de toxoplasmose em Portugal, pelo alto consumo de embutidos (leia-se sem cozimento), e também em Erechim, que é o lugar com maior índice de toxoplasmose no planeta, pelo alto consumo de carne suína mal cozida.

Ademais, somente pessoas imunodeficientes ou as mulheres grávidas que nunca tiveram contato com o parasita (leia-se sem formação de anticorpos) formam o grupo de risco.

Se fizermos sorologia numa determinada população, a maioria será positiva para toxoplasmose, não pelo fato de terem a doença, mas sim porque, em algum momento da vida, houve contato com o cisto do parasita e o corpo produziu anticorpos, e estes anticorpos permanecem para o resto da vida.

Portanto, que fique bem claro que beijar, abraçar, dormir com gatos

NÃO LEVA À TRANSMISSÃO DA TOXOPLASMOSE!

A prevenção da toxoplasmose se dá com boas práticas de higiene, tais como limpar a caixa de areia dos felinos diariamente, não ingerir alimentos crus ou mal-cozidos sem prévio congelamento por 48 horas, não ingerir leite in natura e embutidos não fiscalizados, limpar cuidadosamente qualquer material que entre em contato com carnes cruas, e fazer uso de luvas ao realizar jardinagem.

Além disso, evite que seu gato tenha acesso á rua e, é claro, o animal deve ser vacinado, desparasitado interna e externamente e examinado regularmente por um médico veterinário para que se evite qualquer doença.

Na dúvida?

Faça uma sorologia, sua e do seu felino, para toxoplasmose.

E por favor, não abandone seu animal de estimação!



De: Manuela Vilares

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

ARTE DE NÃO ADOECER!!! Draúzio Varella

Se não quiser adoecer - "Aceite-se"
A rejeição de si próprio, a ausência de auto estima,
faz com que sejamos algozes de nós mesmos.
Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável.
Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos,
imitadores, competitivos, destruidores.
Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas,
é sabedoria, bom senso e terapia.
Se não quiser adoecer - "Confie"
Quem não

confia, não se comunica, não se abre,
não se relaciona, não cria liames profundos,
não sabe fazer amizades verdadeiras.
Sem confiança, não há relacionamento.
A desconfiança é falta de fé.
Se não quiser adoecer - "Não viva sempre triste"
O bom humor, a risada, o lazer, a alegria,
recuperam a saúde e trazem vida longa.
A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente
em que vive. "O bom humor nos salva das mãos do doutor".
Alegria é saúde e terapia.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A ALMA DO MUNDO
Quando você conseguir superar problemas graves não se detenha na lembrança dos momentos difíceis, mas na alegria de haver atravessado mais essa prova em sua vida.
Quando sair de um longo tratamento de saúde, não pense no sofrimento que foi necessário enfrentar, mas na benção de Deus que permitiu a cura.
... ...
Leve na sua memória, para o resto da vida, as coisas boas que surgiram nas dificuldades.

Elas serão uma prova de sua capacidade e lhe darão confiança diante de qualquer obstáculo.

Uns queriam um emprego melhor; outros, só um emprego.
Uns queriam uma refeição mais farta; outros, só uma refeição.
Uns queriam uma vida mais amena; outros, apenas viver.
Uns queriam pais mais esclarecidos; outros, ter pais.

Uns queriam ter olhos claros; outros, enxergar.
Uns queriam ter voz bonita; outros, falar.
Uns queriam silêncio; outros, ouvir.
Uns queriam sapato novo; outros, ter pés.

Uns queriam um carro; outros, andar.
Uns queriam o supérfluo; outros, apenas o necessário.
Há dois tipos de sabedoria: a inferior e a superior.

A sabedoria inferior é dada pelo quanto uma pessoa sabe e a superior é dada pelo quanto ela tem consciência de que não sabe.
Tenha a sabedoria superior. Seja um eterno aprendiz na escola da vida.

A sabedoria superior tolera, a inferior julga;
a superior alivia, a inferior culpa;
a superior perdoa, a inferior condena.
Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar!

(Chico Xavier)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Professora cega vai lecionar depois de decisão da Justiça

SEGUNDA-FEIRA, 24 DE OUTUBRO DE 2011

Aprovada em concurso público, uma professora com deficiência visual conseguiu na Justiça o direito de exercer a atividade em Ubatuba, de acordo com decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo. A compatibilidade entre as atribuições e sua deficiência será avaliada durante o estágio probatório de três meses por uma equipe multidisciplinar. A candidata foi aprovada em primeiro lugar no concurso para professor, mas a perícia médica a considerou inapta ao trabalho por ser deficiente visual.

A autora do processo, no entanto, argumenta que a profissional em questão já lecionou antes em Ubatuba, litoral de São Paulo, e em outros municípios. O juiz João Mário Estevam da Silva, em sua decisão, afirma que a autora será devidamente avaliada quando submetida ao estágio probatório. "É intuitivo que a avaliação da compatibilidade entre as atribuições do cargo e a deficiência do respectivo candidato será eficazmente realizada no bojo do estágio probatório, podendo ser exonerado caso não seja aprovado."
Segundo o magistrado, ainda que "o edital preveja a possibilidade de exclusão do candidato portador de deficiência incompatível com as atribuições do cargo e que tal exame será realizado após a convocação para a nomeação, não se afigura razoável que do candidato seja previamente retirada a possibilidade de demonstrar sua real capacidade, aptidão e adequação, não sendo suficiente que apenas um profissional médico - por melhor que seja sua técnica -, defina-o como incapaz".
O juiz ressalta que a professora foi aprovada em primeiro lugar, ostenta farta experiência profissional e um considerável número de atividades científicas, "o que demonstra ser pessoa empenhada, dedicada, zelosa, e voltada ao aperfeiçoamento". Para ele, tais elementos são relevantes e não podem ser desprezados.
Especial para Terra

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

GOSTO!

Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas,das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!
Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesmo, mas com certeza não serei o mesmo para sempre.

Projeto Brincar para aprender ano VII

Amo aos que sonham com impossíveis. (Johan Wolfgang Goethe)

O projeto “Brincar para aprender” , que já foi:
-Ser diferente é normal, cego é quem não quer ouvir...

– O ser humano precisa Humano Ser!
- E se...você fosse “Igual” a mim?
... iniciou em 2005 pretendendo proporcionar aos alunos com deficiência visual da Escola Irmão José Otão de Caxias do Sul,alguma atividade física. Com o passar do tempo novas necessidades foram se apresentando e mais voluntários se agregando para poder resolver estas necessidades. Formamos a Tribo Visão Solidária e, atualmente temos mais de 80 alunos e vários professores envolvidos com confecção de material tátil e digitação para impressão em braile, aulas de reforço escolar, etc....Além disso realizamos atividades como visitas à escolas e instituições desenvolvemos atividade de recreação e contação de histórias para crianças de escolas infantis e para crianças e adolescentes com deficiência, recolhimento de notas fiscais repassadas à uma Escola, que participa do Programa Solidariedade e recolhimento de 80 quilos de lacres (140 garrafas PET de lacres), trocados com a Empresa Frato de São Paulo por cadeiras de rodas.
Estamos tornando nossa escola acessível com a colocação de placas indicativas em braile, piso tátil, conseguidos através do trabalho dos voluntários da tribo Visão Solidária e de parcerias como: Coza, Metalúrgica Buzin ,Eccel Engenharia, Transportadora Vêneto, Irbo, CIC Jovem, Parceiros Voluntários de Caxias do Sul.
Ao longo desses 6 anos de trabalho recebemos alguns Prêmio como reconhecimento pelo trabalho realizado por nossa escola.
Selo Escola Solidária 2009 - Instituto Faça Parte MEC UNDIME CONSED
Selo Escola Solidária 2011 - Instituto Faça Parte MEC UNDIME CONSED
3º Lugar no Prêmio Escola Voluntária 2007 - Rede Bandeirantes e Itaú Social
2º Lugar no Prêmio Escola Voluntária 2009 - Rede Bandeirantes e Itaú Social
Prêmio Construindo a Nação – Destaque Social em 2008 (Instituto da Cidadania Brasil, SESI, FIERGS)
Prêmio Construindo a Nação – 1º Lugar Categoria Ensino Médio em 2011 (Instituto da Cidadania Brasil, SESI, FIERGS)
Prêmio ONG Parceiros Voluntários- “ATITUDES QUE FAZEM A DIFERENÇA - Etapa Municipal e Etapa Regional(2010).
Tecnologia Social certificada pela Fundação Banco do Brasil em 2011
O reconhecimento ao trabalho realizado por nossos voluntários nos dá o incentivo para que continuemos trabalhando nos próximos anos.

domingo, 23 de outubro de 2011

TRÊS DIAS PARA VER - Helen Keller




O que você olharia se tivesse apenas três dias de visão? Helen Keller, cega e surda desde bebê, Dá a sua resposta neste belo ensaio, Publicado no Reader's Digest (Seleções) há 70 anos. Várias vezes pensei que seria uma benção se todo ser humano, de repente, ficasse cego e surdo por alguns dias no principio da vida adulta. As trevas o fariam apreciar mais a visão e o silencio lhe ensinaria as alegrias do som. De vez em quando texto meus amigos que enxergam para descobrir o que eles veem. Há pouco tempo perguntei a uma amiga que voltava de um longo passeio pelo bosque o que ela observara. "Nada de especial", foi à resposta. Como é possível, pensei, caminhar durante uma hora pelos bosques e não ver nada digno de nota? Eu, que não posso ver, apenas pelo tato encontro centenas de objetos que me interessam. Sinto a delicada simetria de uma folha. Passo as mãos pela casca lisa de uma bétula ou pelo tronco áspero de um pinheiro. Na primavera, toco os galhos das árvores na esperança de encontrar um botão, o primeiro sinal da natureza despertando após o sono do inverno. Por vezes, quando tenho muita sorte, pouso suavemente a mão numa arvorezinha e sinto o palpitar feliz de um pássaro cantando. Às vezes meu coração anseia por ver tudo isso. Se consigo ter tanto prazer com um simples toque, quanta beleza poderia ser revelada pela visão! E imaginei o que mais gostaria de ver se pudesse enxergar, digamos por apenas três dias. Eu dividiria esse período em três partes. No primeiro dia gostaria de ver as pessoas cuja bondade e companhias fizeram minha vida valer a pena. Não sei o que é olhar dentro do coração de um amigo pelas "janelas da alma", os olhos. Só consigo "ver" as linhas de um rosto por meio das pontas dos dedos. Posso perceber o riso, a tristeza e muitas outras emoções. Conheço meus amigos pelo que toco em seus rostos. Como deve ser mais fácil e muito mais satisfatório para você, que pode ver, perceber num instante as qualidades essenciais de outra pessoa ao observar as sutilezas de sua expressão, o tremor de um músculo, a agitação das mãos. Mas será que já lhe ocorreu usar a visão para perscrutar a natureza íntima de um amigo? Será que a maioria de vocês que enxergam não se limita a ver por alto as feições externas de uma fisionomia e se dar por satisfeita? Por exemplo, você seria capaz de descrever com precisão o rosto de cinco bons amigos? Como experiência, perguntei a alguns maridos qual a exata cor dos olhos de suas mulheres e muitos deles confessaram, encabulados, que não sabiam. Ah, tudo que eu veria se tivesse o dom da visão por apenas três dias! O primeiro dia seria muito ocupado. Eu reuniria todos os meus amigos queridos e olharia seus rostos por muito tempo, imprimindo em minha mente as provas exteriores da beleza que existe dentro deles. Também fixaria os olhos no rosto de um bebê, para poder ter a visão da beleza ansiosa e inocente que precede a consciência individual dos conflitos que a vida apresenta. Gostaria de ver os livros que já foram lidos para mim e que me revelaram os meandros mais profundos da vida humana. E gostaria de olhar nos olhos fiéis e confiantes de meus cães, o pequeno scottie terrier e o vigoroso dinamarquês.; À tarde daria um longo passeio pela floresta, intoxicando meus olhos com belezas da natureza. E rezaria pela glória de um pôr do sol colorido. Creio que nessa noite não conseguiria dormir No dia seguinte eu me levantaria ao amanhecer para assistir ao empolgante milagre da noite se transformando em dia. Contemplaria assombrado o magnífico panorama de luz com que o Sol desperta a Terra adormecida. Esse dia eu dedicaria a uma breve visão do mundo, passado e presente. Como gostaria de ver o desfile do progresso do homem, visitaria os museus. Ali meus olhos, veriam a história condensada da Terra -- os animais e as raças dos homens em seu ambiente natural; gigantescas carcaças de dinossauros e mastodontes que vagavam pelo planeta antes da chegada do homem, que, com sua baixa estatura e seu cérebro poderoso, dominaria o reino animal. Minha parada seguinte seria o Museu de Artes. Conheço bem, pelas minhas mãos, os deuses e as deusas esculpidos da antiga terra do Nilo. Já senti pelo tacto as cópias dos frisos do Paternon e a beleza rítmica do ataque dos guerreiros atenienses. As feições nodosas e barbadas de Homero me são caras, pois também ele conheceu a cegueira. Assim, nesse meu segundo dia, tentaria sondar a alma do homem por meio de sua arte. Veria então o que conheci pelo tacto. Mais maravilhoso ainda, todo o magnífico mundo da pintura me seria apresentado. Mas eu poderia ter apenas uma impressão superficial. Dizem os pintores que, para se apreciar a arte, real e profundamente, é preciso educar o olhar. É preciso, pela experiência, avaliar o mérito das linhas, da composição, da forma e da cor. Se eu tivesse a visão, ficaria muito feliz por me entregar a um estudo tão fascinante. À noite de meu segundo dia seria passada no teatro ou no cinema. Como gostaria de ver a figura fascinante de Hamlet ou o tempestuoso Falstaff no colorido cenário elisabetano! Não posso desfrutar da beleza do movimento rítmico senão numa esfera restrita ao toque de minhas mãos. Só posso imaginar vagamente a graça de uma bailarina, como Pavlova, embora conheça algo do prazer do ritmo, pois muitas vezes sinto o compasso da música vibrando através do piso. Imagino que o movimento cadenciado seja um dos espetáculos mais agradáveis do mundo. Entendi algo sobre isso, deslizando os dedos pelas linhas de um mármore esculpido; se essa graça estática pode ser tão encantadora, deve ser mesmo muito mais forte a emoção de ver a graça em movimento. Na manhã seguinte, ávida por conhecer novos deleites, novas revelações de beleza, mais uma vez receberia a aurora. Hoje, o terceiro dia, passarei no mundo do trabalho, nos ambientes dos homens que tratam do negócio da vida. A cidade é o meu destino. Primeiro, paro numa esquina movimentada, apenas olhando para as pessoas, tentando, por sua aparência, entender algo sobre seu dia-a-dia. Vejo sorrisos e fico feliz. Vejo uma séria determinação e me orgulho. Vejo o sofrimento e me compadeço. Caminhando pela 5ª Avenida, em Nova York, deixo meu olhar vagar, sem se fixar em nenhum objeto em especial, vendo apenas um caleidoscópio fervilhando de cores. Tenho certeza de que o colorido dos vestidos das mulheres movendo-se na multidão deve ser uma cena espetacular, da qual eu nunca me cansaria. Mas talvez, se pudesse enxergar, eu seria como a maioria das mulheres - interessadas demais na moda para dar atenção ao esplendor das cores em meio à massa. Da 5ª Avenida dou um giro pela cidade - vou aos bairros pobres, às fábricas, aos parques onde as crianças brincam. Viajo pelo mundo visitando os bairros estrangeiros. E meus olhos estão sempre bem abertos tanto para as cenas de felicidade quanto para as de tristeza, de modo que eu possa descobrir como as pessoas vivem e trabalham, e compreendê-las melhor. Meu terceiro dia de visão está chegando ao fim. Talvez haja muitas atividades a que devesse dedicar as poucas horas restantes, mas aço que na noite desse último dia vou voltar depressa a um teatro e ver uma peça cômica, para poder apreciar as implicações da comédia no espírito humano À meia-noite, uma escuridão permanente outra vez se cerraria sobre mim. Claro, nesses três curtos dias eu não teria visto tudo que queria ver. Só quando as trevas descessem de novo é que me daria conta do quanto eu deixei de apreciar. Talvez este resumo não se adapte ao programa que você faria se soubesse que estava prestes a perder a visão. Nas sei que, se encarasse esse destino, usaria seus olhos como nunca usara antes. Tudo quanto visse lhe pareceria novo. Seus olhos tocariam e abraçariam cada objeto que surgisse em seu campo visual. Então, finalmente, você veria de verdade, e um novo mundo de beleza se abriria para você. Eu, que sou cega, posso dar uma sugestão àqueles que veem: usem seus olhos como se amanhã fossem perder a visão. E o mesmo se aplica aos outros sentidos. Ouça a música das vozes, o canto dos pássaros, os possantes acordes de uma orquestra, como se amanhã fossem ficar surdos. Toquem cada objeto como se amanhã perdessem o tato. Sintam o perfume das flores, saboreiem cada bocado, como se amanhã não mais sentissem aromas nem gostos. Usem ao máximo todos os sentidos; goze de todas as facetas do prazer e da beleza que o mundo lhes revela pelos vários meios de contato fornecidos pela natureza. Mas, de todos os sentidos, estou certa de que a visão deve ser o mais delicioso.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

30 Dicas para escrever bem

1. Deve-se evitar ao máx. a utiliz. de abrev., etc
2. É desnecessário fazer-se empregar de um estilo de escrita demasiadamente rebuscado. Tal prática advém de esmero excessivo que raia o exibicionismo narcisístico.
3. Anule aliterações altamente abusivas.
4. não esqueça as maiúsculas no início das frases.
5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz.
6. O uso de parênteses (mesmo quando for relevante) é desnecessário.
7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.
8. Evite emprego de gíria, mesmo que pareça nice, sacou??...então valeu!
9. Palavras de baixo calão porra, podem transformar o seu texto numa.....
10. Nunca generalize: generalizar é um erro em todas as situações.
11. Evite repetir a mesma palavra pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.
12. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: “quem cita os outros não tem ideias próprias”.
13. Frases incompletas podem causar
14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes, isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez, ou por outras palavras, não repita a mesma ideia várias vezes.
15. Seja mais ou menos específico.
16. Frases com apenas uma palavra? Jamais!
17. A voz passiva deve ser evitada.
18. Utilize a pontuação corretamente o ponto e a vírgula pois a frase poderá ficar sem sentido especialmente será que ninguém mais sabe usar o ponto de interrogação
19. Quem precisa de perguntas retóricas?
20. Conforme recomenda o A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas.
21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação.
22. Evite mesóclises. Repita comigo: “mesóclises: evitá-las-ei!”
23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.
24. Não abuse das exclamações! Nunca!! O seu texto fica horrível!!!!!
25. Evite frases exageradamente longas pois estas dificultam a compreensão da ideia nelas contida e, por conterem mais do que a ideia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçam, desta forma, o pobre leitos, a separá-la nos seu diversos componentes de forma, o pobre leitor a separá-la nos seus diversos componentes de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.
26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língua portuguêza.
27. Seja incisivo e coerente, ou não.
28. Não fique escrevendo (nem falando) no gerúndio. Você vai estar deixando seu texto pobre e estar causando ambiguidade, com certeza você vai estar deixando o conteúdo esquisito, vai estar ficando com a sensação de que as coisas ainda estão acontecendo. E como você vai estar lendo este texto, tenho certeza de que você vai estra prestando atenção e vai estar repassando aos seus amigos, que vão estar entendendo e vão estar pensando em não estar falando desta maneira irritante.
29. Outra barbaridade que tu deves evitar chê, é usar muitas expressões que acabem por denunciar a região onde tu moras, xxxxx!... nada de mandar esse trem...vixi,entendeu bichinho?
30. Não permita que seu texto acabe por rimar, porque senão ninguém irá aguentar já que é insuportável o mesmo final escutar, o tempo todo sem parar.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

LEVE SUA CRIANÇA CEGA PARA A COZINHA, MAMÃE!

Por Ruth Schroeder*
Tradução livre de Sonia B. Hoffmann

Preparar cereais e leite para o café da manhã. Preparar um sanduíche de manteiga de amendoim para um lanche depois da escola. Preparar uma xícara de chocolate quente antes de dormir. São estas coisas que crianças com visão normal fazem por si? Claro que são. Sua criança cega pode fazer essas coisas para si mesma? Se não, é hora de você considerar as consequências de não permitir que ela ajude na cozinha. Acredito sem dúvida que uma pessoa cega deve ter muitas experiências humanamente possíveis e que isso é especialmente verdadeiro para crianças cegas. Se o seu filho ou filha está em casa, ou se está em um internato, é vital para a sua futura independência que lhe seja fornecido treinamento adequado na cozinha. Tais experiências devem começar em uma idade muito precoce.

Minha própria experiência me proporcionou uma compreensão clara de como, muitas vezes, pais e professores bem-intencionados afastam crianças cegas de participar do dia-a-dia da rotina da cozinha. Eu sou cega, e cresci em uma escola residencial. Nada era esperado de mim. Ia para a sala de jantar, comia minhas refeições, sacudia as migalhas das minhas saias, e subia as escadas para a prática do piano ou leitura de um livro. Em casa, uma agenda ocupada não permitia a oportunidade para eu aprender a cozinhar e minha mãe não esperava me ajudar com as tarefas de cozinha. Depois de concluir meus estudos e me tornar uma dona de casa bem sucedida (com muito ensaio e erro), tive a oportunidade de ensinar economia doméstica para alunos cegos no Centro Adulto de Orientação e Ajustamento, na Comissão de Cegos de Iowa.

Muitos dos jovens com quem trabalhei, ao ensinar na Comissão de Iowa para Cegos, eram formados do ensino médio. A maioria deles sabia muito pouco sobre a cozinha. Eles tinham tido economia doméstica, mas a maioria nunca havia preparado nada. Especialmente os homens. Eu tinha um jovem que, quando lhe foi solicitado para trazer-me o pote de café, trouxe-me, em seu lugar, o liquidificador. Ele realmente não sabia o que um pote de café parecia. Ele realmente ficou satisfeito com o privilégio de abrir a geladeira e encontrar as coisas para o almoço. Fazer um sanduíche era algo que ele nunca tinha sido autorizado a fazer. Descobri que alguns dos meus alunos pensavam que sabiam como fazer rosquinhas, mas quando o projeto real foi realizado, verifiquei que somente tinha sido permitido a eles passarem estas rosquinhas no açúcar . Tinham sido enganados sem uma "experiência real". Isto ilustra apenas um exemplo dos inúmeros equívocos realizados por muitos alunos cegos. Muitos dos meus alunos tinham vergonha de admitir que eles eram tão empobrecidos em experiências da cozinha, e diria que eles sabiam como fazer algo, quando realmente não tinham ideia de por onde começarem. Uma menina insistiu que sabia como bater o creme para uma salada de frutas. No entanto, ela começou a derramar o creme de leite fresco sobre a fruta, ligou a batedeira, e acabou espalhando a cobertura de creme com frutas por toda a cozinha. Alguns estudantes tiveram problemas para servirem-se e limpar-se após as refeições, para não mencionar cozinhar esta refeição.

Tudo isso é para dizer que, abaixo do nível satisfatório, tem sido negado a eles muitas experiências. Quando permitido o privilégio de um treinamento adequado e oportunidade, aprenderam rapidamente estas tarefas comuns do dia a dia avidamente, tentam superar-se em relação a aqueles alunos que receberam estas habilidades como auxílio. Eu sinto que é errado não esperar que todas as crianças de uma família possam contribuir para o funcionamento e manutenção de uma casa. A uma das minhas melhores alunas, a filha de uma mãe cega, não somente foi permitida na cozinha, mas dela foi esperado sua co-participação regular. Estava na cozinha da casa, tinha embasamento suficiente de experiências e possuía confiança de sucesso em qualquer empreendimento culinário as crianças cegas devem compartilhar as coisas da cozinha. Mostre e ensine a ela os grandes acontecimentos da cozinha a partir das coisas divertidas até as enfadonhas. Ela não deve ser poupada mais do que qualquer criança com visão. Não deixe sua criança crescer pensando que o pão é assado quando toca o teto do forno, não sendo capaz de identificar e utilizar pequenos instrumentos de cozinha, sem saber o que um litro de leite parece, ou não saber como espalhar a manteiga em seu pão. O tempo que você despende com o ensino destas competências é um investimento no futuro do seu filho.

Usando o fogão, forno ou frigideira elétrica O iniciante frita um ovo e o cozinheiro experiente frita vários ovos separadamente, em uma frigideira, usar um anel de ovo para cada ovo. Remover a parte superior e inferior de uma lata pequena de atum ou abacaxi, deixando um anel de metal acima de uma e uma e meia polegada de altura e três polegadas de diâmetro. Este anel é colocado na panela e o ovo é quebrado dentro dele. Quando o ovo ficar firme o suficiente para manter sua forma, o anel é retirado.

LIMPEZA Frequentemente, a necessidade da limpeza ou da lavagem pode ser sentida tatilmente. É importante, contudo, antecipar a poeira que não pode ser prontamente notada e fazer uma limpeza geral rotineira tal como limpar todo o balcão depois de fazer a mistura sobre ele. Limpando uma superfície, como o balcão ou o chão, um planejamento de abordagem é muito importante: limpe em tiras ou faixas em vez de pontos casuais aqui e ali.
CONCLUSÃO Uma atitude positiva é essencial para o sucesso. Se você realmente acredita que o cozinheiro cego necessariamente passa por muitos riscos de segurança, precisa de uma grande quantidade de equipamentos especiais, tem somente um repertório limitado e elabora produtos questionáveis, então você vai fazer um mau trabalho. Se você realmente acredita que o cozinheiro cego pode escolher entre vários métodos para trabalhar com todos os tipos de alimentos e produzir produtos de alta qualidade. . . então, você vai encontrar um caminho de sucesso.

Tempo de alimentação. . Tempo de aprendizagem
O seguinte texto é reproduzido com a permissão do Boletim VIP, Julho de 1982. O Boletim VIP é uma publicação do Instituto Internacional para deficientes visuais, 0-7, Inc., 1975 Rutgers, East Lansing, MI 48823

Na época em que sua criança começa a alimentar-se por si mesma, mais aprendizagens de experiências tornam-se possíveis. Se você parar e pensar por um minuto será capaz de pensar em muitas oportunidades de aprendizagens na cozinha. Por causa do tempo que muitas famílias despendem na cozinha, ela é uma natural sala de aula para qualquer criança. Na maioria das famílias, um ou mais membros despendem tempo na cozinha preparando e servindo refeições. Compartilhando este tempo com uma jovem criança com deficiência visual, apresentamos outra aprendizagem para a criança e oferecemos mais oportunidades de amadurecimento.

CONCEITOS DE COZINHA
Quente/Frio: Comece a identificar alimentos quentes e frios para sua criança a fim de ajudá-la a associar a sensação tátil com o rótulo. Contraste o ar frio do refrigerador com a temperatura elevada da porta o forno. Vegetais gelados são frios e crocantes, mas você usualmente os come quente.
Olfato / Paladar: Introduza a criança na variedade diferentes aromas associados com a cozinha - ou odores dos temperos e alimentos crus, em cozimento ou cozidos. Ajude-a começar a associar um aroma com o nome, sabor ou à sensação tátil. Como uma laranja cheira antes de descascada? Como ela parece? Que tal um ovo? Uma cebola?
Guardando/Empilhando: Providencie para a criança um local na cozinha no qual ela tenha acesso a um sortimento de vasilhas, panelas, utensílios plásticos de cozinha, Quando o entretenimento acabar, ajude-a a guardar os objetos. Assim que estiver mais velha, ela pode ajudar a empilhar e guardar os pratos limpos.
Aprendendo sobre o espaço: Um excelente jogo para a cadeira alta é fazer cair objetos no chão.

Isto pode ser desolador para os pais -- especialmente quando é uma xícara de leite que bate contra o chão. Contudo, a queda de objetos é um modo da criança aprender sobre o espaço ao seu redor (que distância tem o chão? Quais os diferentes sons quando um objeto é atirado ao chão? Para onde eles vão?). A criança precisará aprender que muitas coisas (bolas) podem ser jogadas e que outras (alimentos) ficam na bandeja.

Alguns pais amarram um pedaço de elástico comprido ao brinquedo e a outra extremidade na cadeira alta para eliminar as perpétuas recolhas. Se você tentar isto, esteja certo de que um adulto está por perto para prevenir acidentes.
Experimentação: Quando a criança estiver sentada em sua cadeira, entretida com objetos ou pedaços de alimentos perto de suas mãos, a encoraje a busca do porquê de estarem lá. Por exemplo: um cubo de gelo dentro de uma xícara, pequenos pedaços de alimentos crus, um conjunto de colheres plásticas de medição, utensílios plásticos de formas estranhas, diversas tampas de panelas.
* Future Reflexões janeiro / fevereiro de 1983, vol. 2 N º 1 Disponível em: Acesso em http://www.nfb.org/images/nfb/Publications/fr/fr02/Issue1/f020103.html 08/09/2009

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Os professores que conheci...

Conheci muitos professores.
Cada um com sua identidade, características e sonhos.
Conheci professores exigentes e intransigentes.
Conheci professores radicais, hoje terminais.
Conheci os tipos simpáticos e camaradas.
Conheci os rabugentos, cheios de não-me-toques.
Conheci os esnobes, arrogantes, os prepotentes, os “espertos”, em franca extinção.
Conheci os dóceis, meigos, envolventes.
Conheci aqueles que sorriam querendo mostrar poder quando os alunos perdiam.
Conheci aqueles que vibravam e se emocionavam quando os alunos venciam.
E tirei de todos grandes lições. Entretanto, os que mais me marcaram foram aqueles me falaram com o coração. Com simplicidade, com paciência, com afeto. Aqueles para os quais podia apontar e dizer: estes são os meus amigos...
Aqueles que me permitiram entender que, não sendo super-homens, são, além de professores, homens e mulheres iluminados e pouco comuns. São simples e grandiosos. São, na verdade, pessoas muito especiais, para as quais, também, tenho orgulho de dizer: "hoje eu sou professora"
(Homenagem aos pro
Homenagem aos professores do Otão no dia 15/10/2011

Projeto Brincar para aprender.

"Sou um só, mas ainda assim sou um.
Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa.
E, por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso."
(Edward Everett Hale)

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

"E aqueles que foram vistos dançando, foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música..." Friedrich Nietzsche

A peleja pela inclusão - Hélio de Araújo

Hélio de Araújo Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Petrolina

Caro amigo, eu o convido
Pra uma reflexão
Sobre a organização do povo,
Que vive neste sertão,
Cuidando de sua casa
E também de seu irmão.
Existem várias maneiras
De melhorar a cidade:
Discutir com os seus pares
Coisas da comunidade,
Seja na associação, igreja,
Grupo de jovens ou terceira idade.
O povo de Petrolina
Tem muita inteligência
Fez conselho da paz, da saúde,
De educação, idoso e de Assistência,
Da mulher, criança, meio ambiente,
E de quem tem deficiência.
Pois peço sua atenção,
Também sua paciência,
Pra falar sobre um deles
Que tem sua influência:
É o Conselho dos Direitos
Da Pessoa com Deficiência.
Conhecido por COMUD
É um Conselho plural
Tem representante do surdo, do cego
Do deficiente físico e intelectual
Outros não têm deficiência
Mas todos perseguem um ideal.
No dia três de dezembro
Do ano de dois mil e seis,
Completou um ano de existência,
Celebrou o que já fez
Melhorando a qualidade de vida
Do doutor ao camponês.
A pessoa com deficiência
Não quer mordomia, não.
Pede apenas oportunidade,
Não importa a sua limitação,
Busca emprego, escola, lazer,
Saúde, transporte e Educação.
Essa história de peninha
É coisa da antiguidade.
A luta é por respeito,
Direitos e dignidade,
Reabilitação, cultura,
Esporte e acessibilidade.
A luta é incessante
Pra ver tudo melhorar.
Pois ficar parado em casa
Não dá pra continuar.
Estamos em novos tempos,
Temos muito a avançar.
O deficiente quer usar
O empoderamento:
Ele mesmo escolher e decidir,
Demonstrar seu pensamento,
Estudar, passear, brincar,
Pensar inclusive em casamento.
Pensam que o deficiente
Só vai pra hospital ou igreja.
Mas é terrível engano,
Pois é gente de peleja,
Pratica esporte, trabalha, viaja,
Uns até tomam cerveja.
Tem gente que quer saber
O termo certo a usar:
Pessoa com deficiência
É o que devemos chamar
Mas o que importa é o respeito
Por onde quer que se vá.
Para o cego se incluir,
A bengala tem valor
Livro em braille ou falado
Óculos ou gravador,
Reglete, punção, lupa
E até computador.
O deficiente intelectual na escola
Com certeza tem progresso,
Vai aprender lentamente
Mas terá muito sucesso.
Mostrará que merece
Um espaço no universo.
Se a escola é inclusiva,
É melhor o aprendizado,
Lá será bem acolhido,
Se sentirá valorizado,
Vai descobrir seu potencial
E ficará bem preparado.
O deficiente físico precisa
De cadeira de rodas forte,
Calçada plana e sem buracos,
Banheiro de bom porte,
Rampas ou elevador,
E acesso ao transporte.
A pessoa surda deseja
Muito a comunicação:
Usa fisionomia, sinais e gestos,
Movimentando corpo e mão.
Com respeito e paciência,
Será certa sua inclusão.
Para tudo melhorar,
Temos de ter gente ativa,
Acolhedora, sem preconceito,
Justa e compreensiva,
Que nos ajude a construir
Uma sociedade inclusiva.
Pra essa transformação,
Todo mundo tem valor,
Seja motorista, policial, gari,
Arquiteto, político, professor,
Médico, pedreiro, camelô, enfermeiro,
Empresário, padre ou pastor.
Com essa consciência
O Conselho todo dia
Olha para o diferente
Defende sua cidadania
Estimulando-o a ir em frente,
Certo de sua valia.
Que esse Conselho continue
Ajudando nessa revolução,
Diminuindo preconceito,
Combatendo a discriminação,
Contribuindo pra que o deficiente
Seja de fato cidadão.
Amigo, seja parceiro
Neste nosso Ideal.
Ao ver um deficiente,
Enxergue seu potencial.
Vamos lutar de mãos dadas
Pela Inclusão Social

domingo, 16 de outubro de 2011

Dicas para Professores no atendimento com alunos que apresentam baixa visão e cegueira, para fazer da Sala de Aula um ambiente seguro e positivo


  1. 1.     Aprenda e entenda as capacidades visuais do aluno cego ou visão subnormal;
  2. 2.      Identifique as características visuais que aumentam as funções visuais do aluno (cores, contraste, tamanho);
  3. 3.      Coloque a carteira do aluno próximo a sua mesa, lousa e porta da sala de aula;
  4. 4.      Reduza iluminações distrativas;  coloque a carteira do aluno longe da fonte de luz e em lugar bem claro;
  5. 5.      Permita que o aluno troque de lugar, aumentando as oportunidades de ver e ouvir;  e assim, escolher qual lugar é melhor para ele (pergunte);
  6. 6.      Abra e feche a porta completamente ( uma porta meio aberta pode ser um obstáculo perigoso);
  7. 7.      Elimine barulhos desnecessários; não fale muito alto ( a dificuldade do aluno é na visão e não na audição), pois isso tende a aumentar o nível de barulho da sala de aula;
  8. 8.      Elimine confusões na sala de aula, circule pelos corredores, entre as carteiras, demonstre interesse pelo que estão fazendo;
  9. 9.      Coloque os materiais em locais determinados, de forma que os alunos saibam onde cada item em particular é, em geral,colocado ( comunique o aluno qualquer alteração);
  10. 10.   Mantenha as programações rotineiras para que o aluno saiba o que esperar no dia e na hora específicos;
  11. 11.   Oriente seus alunos usando seus primeiros nomes para obter sua atenção;
  12. 12.   Não saia da sala de aula sem avisar o aluno;
  13. 13.   Explique as regras implícitas e explícitas para conduzir a turma, dentro e fora da sala;
  14. 14.   Estimule os alunos com deficiência visual a expressar suas necessidades visuais;
  15. 15.   Repita oralmente as informações escritas na lousa, projeção ou vídeo. Lembre-se de que ampliações nas imagens projetadas não são úteis para todos os alunos cegos ou com baixa visão;
  16. 16.   Prepare impressos ampliados ou em Braille ( solicite à professora da Sala de Recursos), quando propuser atividade complementares;
  17. 17.   Incentive o aluno a usar o “caderno do aluno ampliado”;
  18. 18.   Selecione atividades em cores brilhantes e contrastantes para os alunos que se beneficiam  desse recurso visual (amarelo sobre o roxo/ preto sobre laranja) e uso de canetas de ponta grossa;
  19. 19.   Procure o especialista na área da deficiência visual (professora da Sala de Recursos) sempre que tiver dúvidas e mantenha suas expectativas altas.